Jardim sem Flores
É um jardim sem flores, um jardim de montes e vales, apenas acidentado com pequenas árvores que ainda não protegem do sol. Ainda há patos e gansos, que se passeiam pelo lago. Estes escaparam à gripe e ao pânico social, que afasta todas as espécies com asas e penas.
O jardim está encerrado entre duas serras: de um lado, está a Estrela, salpicada de neve, do outro, a Malcata sem lince. No meio está o teclado, que pontua de palavras negras as tardes de sol e de chuva. No banco de jardim, na mesa do café, no colo do carro, as palavras que se esvaem do teclado não são mais do que expressões de um vazio.
1 Comments:
É o que digo ao Apolinário: expresse o teu vazio.
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