100 dias depois
Já lá vão 100 dias desde que Sócrates assumiu os destinos do país. No início discreto e sereno, o primeiro-ministro transformou-se quando foi anunciado o défice - e toca a legislar, a levar a cabo reformas, mais ou menos de fundo, a pôr em causa "direitos adquiridos".
No dia 11 de Maio, o ministro das Finanças anuncia que é necessário cortar, na legislatura, 4 mil milhões de euros na despesa do Estado. De lá para cá, a única medida que trará efeitos imediatos é a subida do IVA, que, pelo que me parece, não corta na despesa do Estado, mas aumenta as receitas, às custas dos portugueses.
O corte dos direitos adquiridos pelos políticos, que em nada me incomoda e, pelo contrário até aplaudo, só dará frutos a médio/longo prazo.
Mas há outras medidas, que em nada se relacionam com questões económicas, que estão por consumar. A bandeira do aborto, tantas vezes agitada em campanha eleitoral, continua por hastear; o plano tecnológico continua por apresentar e os 150 mil empregos estão por criar.
Hoje há eleições na Galiza. Dizem os especialistas que ganhe quem ganhar haverá uma mudança de atitude. Já na Guiné não se esperam muitas mudanças, apenas um regresso ao passado, seja ele qual for. O voto continua a ser o instrumento da democracia, embora seja cada vez menos eficaz. As alternativas são igualmente más ou piores que os eleitos, e na hora do escrutínio só há uma coisa a fazer - optar pelo menos mau.
No dia 11 de Maio, o ministro das Finanças anuncia que é necessário cortar, na legislatura, 4 mil milhões de euros na despesa do Estado. De lá para cá, a única medida que trará efeitos imediatos é a subida do IVA, que, pelo que me parece, não corta na despesa do Estado, mas aumenta as receitas, às custas dos portugueses.
O corte dos direitos adquiridos pelos políticos, que em nada me incomoda e, pelo contrário até aplaudo, só dará frutos a médio/longo prazo.
Mas há outras medidas, que em nada se relacionam com questões económicas, que estão por consumar. A bandeira do aborto, tantas vezes agitada em campanha eleitoral, continua por hastear; o plano tecnológico continua por apresentar e os 150 mil empregos estão por criar.
Hoje há eleições na Galiza. Dizem os especialistas que ganhe quem ganhar haverá uma mudança de atitude. Já na Guiné não se esperam muitas mudanças, apenas um regresso ao passado, seja ele qual for. O voto continua a ser o instrumento da democracia, embora seja cada vez menos eficaz. As alternativas são igualmente más ou piores que os eleitos, e na hora do escrutínio só há uma coisa a fazer - optar pelo menos mau.
Fotografia de Joël Robine, presente na exposição comemorativa em Paris
PS - A organização Repórters Sem Fronteiras está de parabéns. São 20 anos de luta, que merecem ser assinalados.
1 Comments:
Pensava que Sócrate tinha sido envenenado na Grécia com cicuta. Mas pensando morreu um burro.
Enviar um comentário
<< Home