website metrics Pensamentos: dezembro 2005

sexta-feira, dezembro 30, 2005

Vazio informativo

"José Sócrates caiu, quando esquiava nos Alpes".
(SIC)

quinta-feira, dezembro 29, 2005

...all is full of love

"All is full of love", de Bjork
(videoclip de Chris Cunningham)

quarta-feira, dezembro 28, 2005

Trilhos Perdidos

Os pés procuravam o chão, marcavam nos trilhos passadas para outro lugar. Não estavam sós. Tinham-se a si próprios e procuravam um lugar para ficar. Perderam-se do Mundo, encontraram-se uns aos outros. Descobriram a natureza, ali mesmo, entre rochas, plantas e neve. A mesma neve que cobria os trilhos perdidos, iluminava as estrelas do céu.
Não os censuro. Numa paisagem destas, quem não gostaria de se perder? Quem não gostaria de se encontrar? Neste lugar, terra a terra, tão perto do céu.

segunda-feira, dezembro 26, 2005

Adamastor

"Tão temerosa vinha e carregada,
Que pôs nos corações um grande medo;
Bramindo o negro mar, de longe brada
Como se desse em vão nalgum rochedo.
— "Ó Potestade, disse, sublimada!
Que ameaço divino, ou que segredo
Este clima e este mar nos apresenta,
Que mor cousa parece que tormenta?"

in: Adamastor, Luís Vaz de Camões

domingo, dezembro 25, 2005

Cores de Natal

Pode parecer uma atitude quase de clã, mas este é o meio que escolhi de desejar Boas Festas aos que navegam e escrevem em zeros e uns...
Carla de Elsinore Nu Singular Moloi Edu Casa de Passe JLS
E depois, aqueles que leio, sem lerem os meus Pensamentos:
Origem das Espécies Jorge Marmelo Outro, eu Abrupto

quinta-feira, dezembro 22, 2005

Novas tecnologias

Nestes dias de coisa nenhuma:
- é bom que existam telemóveis.
- é mau quando não os atendem.

quarta-feira, dezembro 21, 2005

Olhar de Menina

As meias-estrelas desenhadas na areia denunciam gaivotas em terra. E lá estão elas; mais à frente, a planarem na praia, quase a rasarem o mar.
A luz dourada do fim de tarde banha a paisagem de Outono, onde uma criança, sentada junto ao mar, olha absorta o horizonte. Olhos transparentes, cabelo escorrido pelos ombros, oito anos de sonhos, a menina mira a linha onde acaba o mar. Em silêncio, suspira o cheiro a maresia e deixa a areia passar-lhe pelos dedos, como se uma ampulheta fizesse contagem decrescente para coisa nenhuma.
Sento-me ao seu lado; tento ver para lá da linha do horizonte; tento perceber o que ela procura para lá do mar. Nada! – só o silêncio das gaivotas preenche o ar. “Em que pensas? O que procuras? Que esperas encontrar?”
A criança olha-me nos olhos, o rosto banhado pelo sol morno de Outono, as mãos inquietas que insistem em procurar mais areia para o tempo não acabar.
Pensa na vida. Não nos oito anos que passaram, mas nos muitos que estão por vir. Quer sonhar! Sonha com viagens pelo mundo, com o barco que a há-de levar para lá da linha do horizonte. Quer fazer projectos. Quer encontrar o sentido da vida, fazer perguntas, encontrar respostas.
Ali sentada, banhada pela luz de Outono, a menina parece maior, mais adulta, talvez até com algumas rugas que lhe contornam os olhos. Rugas de quem já riu, mas de quem agora só procura respostas. A idade dos porquês!
De novo, vidrada no futuro, a menina respira o silêncio da praia – quer partir, quer viajar, quer crescer, quer sonhar, quer encontrar respostas, quer definir objectivos. E acredita! Acredita que vai conseguir, que vai encontrar, que vai descobrir. Vai ser bailarina, escritora, advogada, professora – não importa. Pode ser o que quiser.
Aqueles olhos transparentes miram as gaivotas e diz: “eu também vou voar!”
Sinto-me a mais. Ali sentada na praia estou a povoar uma paisagem onde não pertenço. Levanto-me, enterro os pés na areia e caminho dali, procuro uma saída daquele sonho que não me pertence. Detenho-me e olho-a uma última vez.
Lá está a menina, sentada na praia, olhos transparentes, cabelos pelos ombros, pensamento na linha do horizonte. Lá fica ela, a sonhar.

terça-feira, dezembro 20, 2005

Pré-campanha, campanha e etc

Que me lembre (e temos de considerar que sou pequenina) nunca se falou tanto de um acto eleitoral. Temos de considerar que há repetentes, mas ainda estamos na pré-campanha, ainda falta a campanha, e já não posso mais com o Cavaco e o Soares... Ninguém aguenta!

sexta-feira, dezembro 16, 2005

...

Às vezes o silêncio é um grito no escuro...

quinta-feira, dezembro 15, 2005

Por um fio

Salvador Dali

quarta-feira, dezembro 14, 2005

Sombras que passam

Dia de sol. Passeio na rua. Eu e mais uns quantos que aproveitam o dia, que aproveitam o sol.
Pela rua fora segue um indivíduo que gesticula, que fala sozinho, que argumenta. Seguem-no apenas as sombras da calçada. Os outros transeuntes olham-no, olham-se, riem-se.
Olho-os - aos transeuntes. O que vêem? De que se riem?
Quantos deles andam sozinhos na rua? Quantos deles falam sozinhos, ainda que só em pensamento? Quantos deles se acompanham apenas das sombras da calçada, mesmo que nunca o tenham percebido? Olho-os e sorrio!

terça-feira, dezembro 13, 2005

A saga continua...

"O PÚBLICO vai encerrar no próximo ano a maior parte da sua rede de delegações regionais."

segunda-feira, dezembro 12, 2005

Vazios

Há dias invadidos por um vazio, dias que parecem nem ter existido.
Caminha-se pelas horas, perscutam-se os minutos, espera-se um sorriso, e tudo o que acontece é um vazio.
Quando o sol se põe, regressa-se ao casulo, procura-se um motivo, espera-se um sorriso, e tudo o que se encontra é um vazio.
Antes de deitar, olha-se para trás, lembram-se as memórias, espera-se um sorriso, e tudo o que se relembra é um vazio.
P.S. - Mesmo quando se está Acima das Nuvens.

domingo, dezembro 11, 2005

Flores Partidas

"O Passado já lá vai - isso eu sei!
O Futuro ainda está longe, seja ele qual for.
A única coisa que temos é isto - o Presente!"
Bill Murray, in: Broken Flowers

terça-feira, dezembro 06, 2005

1 - 1

Jogo a contar para as Presidenciais de 2006, com transmissão na SIC, ontem à noite. 60 minutos de jogo. 30 minutos de posse de bola para cada equipa. Sem grandes jogadas de ataque, sem estratégias de contra-ataque, com dois árbitros apenas semi-presentes. A maior parte das vezes, até parece que os adversários atacavam para a mesma baliza. Resultado: empate a uma bola, sem jogadas brilhantes.
Mais alguém achou o debate de ontem demasido morno?

Quando é que o cativeiro

Quando é que o cativeiro
Acabará em mim,
E, próprio dianteiro,
Avançarei enfim?

Quando é que me desato
Dos laços que me dei?
Quando serei um facto?
Quando é que me serei?

Quando, ao virar da esquina
De qualquer dia meu,
Me acharei alma digna
Da alma que Deus me deu?

Quando é que será quando?
Não sei. E até então
Viverei perguntando:
Perguntarei em vão.

Fernando Pessoa

sábado, dezembro 03, 2005

Alegre?

Guarda, Dezembro'2005

quinta-feira, dezembro 01, 2005

Discriminação Positiva

"Organização Mundial de Saúde deixa de contratar fumadores"
in: Portugal Diário