terça-feira, janeiro 31, 2006
- Actualidade;
- Proximidade;
- Consequência;
- Veracidade;
- Interesse Público;
- Proeminência.
Uffa!! Desculpem o desabafo, mas às vezes é preciso lembrar o óbvio.
segunda-feira, janeiro 30, 2006
A rosa depois da neve
Abrimos a outra "janela" da casa, a janela que dá para o mundo todo. Os cotovelos presos ao cansaço. As perguntas dos repórteres não procuram o estremecimento ou a maravilha: não interpelam a rapariga que, num conto de Ana Teresa Pereira, caminha com um vestido de verão numa rua cheia de neve.
sábado, janeiro 28, 2006
quarta-feira, janeiro 25, 2006
segunda-feira, janeiro 23, 2006
sábado, janeiro 21, 2006
Encefalozero Aguda
"Armando Pantera estava doente e não sabia. Era doença de gente fina porque tinha nome e apelido. Mas era pouco conhecida, só muito recentemente a Encefalozero Aguda tinha começado a ser estudada pelos especialista. Sabe-se, por exemplo, que o cérebro deixa de respirar, porque os neurónios que fazem a diferença estão desactivados. E que os outros - os poucos que sobram e são conhecidos por neurónios preguiçosos - apenas se ocupam de rotinas, trivialidades e, na fase terminal da doença, de conversas sobre mulheres e futebol. Sabe-se também que não escolhe raças nem religiões, mas ataca sobretudo o sexo masculino."
in: Nem tudo começa com um beijo, Jorge Araújo e Pedro Sousa Pereira
Não sou eu que o digo.
sexta-feira, janeiro 20, 2006
Noite Escura*
Quando as luzes se apagam e as estrelas se acendem, há um silêncio que se aproxima em surdina. Não se ouvem os gatos, nos seus longos miados de amor, não se ouvem os cães, que evocam os deuses da lua. Ouve-se apenas o vento, que murmura, por entre os ramos, doces poemas de amor.
Neste caminhar apressado, enquanto fujo do vento, não lhe escuto a ladainha, não o ouço soluçar. Está sozinho na noite escura. Bem procura companhia, entre a calçada deserta e o tecto escuro do ar.
Mas nada! Encontra apenas o murmúrio, num lento e triste ecoar. A lua está redonda, cheia, pronta a rebentar. Igual a um balão de prata, que paira sozinho no ar.
Também ela está sozinha. Também ela lê a noite, escuta o vazio, procura às vezes companhia. Encontra apenas o silêncio da escuridão, de uma noite sofrida, do frio que a há-de gelar.
(*) Que me desculpe o João Canijo, mas não me lembrei de nada melhor.
quarta-feira, janeiro 18, 2006
Geometrias
Em dias de pouco sono, a madrugada é a companhia das manhãs. Nasce o sol, rasteirinho, junto aos olhos que se encerram. O jardim da cidade transforma-se nos lençóis de abrigo e o banco da frente na almofada do sossego. Só na banca de jornais há agitação. Guardam-se os velhos em caixas de devolução. Expõem-se os novos aos olhos que passam apressados, para picar o cartão.
Neste jardim sem flores, só o meu banco ocupado folheia as notícias de ontem. Há um quadrado de relva, perfurado por troncos cilíndricos, onde os cães se encostam para pingar. Há uma escultura abastada, com seios redondos a brotarem do vestido de pedra. Há sombras triangulares, desenhadas no chão, que se movem com os ponteiros do relógio. É um jardim geométrico, no topo desta cidade, que desce em socalcos até ao fundo do vale. Um jardim solitário, num início de manhã com sol.
terça-feira, janeiro 17, 2006
Filme de Ouro
Fernando Meireles não conseguiu o reconhecimento, na noite dos Globos de Ouro. O Fiel Jardineiro só arrecadou o prémio para Melhor Actriz Secundária (Rachel Weisz).
segunda-feira, janeiro 16, 2006
sábado, janeiro 14, 2006
Sondagens
Mais uma técnica inovadora de medir a opinião pública: 600 telefonemas são um bom indicador da vontade de 8774103 eleitores.
quarta-feira, janeiro 11, 2006
Dia de Reflexão
Não! Não me enganei no calêndário. Ainda não é dia 21, mas o ABRUPTO publicou um post que vale a pena ler e (desculpem a redundância) reflectir.
Voto Antecipado
Diz o Portugal Diário que quinta-feira (12 de Janeiro) é o último dia para votar antecipadamente. Têm direito a este método "os eleitores que se encontram internados nos hospitais e os presos . (...) Podem também votar os militares e agentes de segurança em funções no dia 22 e os trabalhadores marítimos e aeronáuticos que se encontrem deslocados."
Nota: não se incluem Jornalistas Desterrados.
terça-feira, janeiro 10, 2006
Antes do Silêncio
A Eduarda anda às voltas com o silêncio. É um silêncio que se ouve quando todos se calam. O silêncio dos pássaros, o silêncio da água, o silêncio de duas respirações que se olham quando faltam as palavras. É o silêncio do céu, numa noite estrelada, o silêncio das árvores que sussuram o vento, o silêncio das ondas do mar.
E antes desse silêncio? Antes o silêncio era mudo. Já nos anos 20 se tentou sonorizar o cinema, mas só em 1931 nasceu o "silêncio do cinema".
O Teatro Municipal da Guarda apresenta o ciclo de Cine-Concerto "C3". Hoje é Aurora, de F. W. Murnau.
E antes desse silêncio? Antes o silêncio era mudo. Já nos anos 20 se tentou sonorizar o cinema, mas só em 1931 nasceu o "silêncio do cinema".
O Teatro Municipal da Guarda apresenta o ciclo de Cine-Concerto "C3". Hoje é Aurora, de F. W. Murnau.
segunda-feira, janeiro 09, 2006
Panorama
Quer-me parecer que, no que respeita a esse género "vagabundo" do cinema - o documentário, o Panorama português começa a ficar interessante.
domingo, janeiro 08, 2006
sábado, janeiro 07, 2006
Novo olhar
O Mundo distorcido pode ser ilusório, mas é mais fácil aceitar a realidade quando a podemos alterar...
Uma prenda perfeita - objectiva olho de peixe!
quinta-feira, janeiro 05, 2006
Mais um...
Passem-se dias, horas, meses, anos
Amadureçam as ilusões da vida
Prossiga ela sempre dividida
Entre compensações e desenganos.
Faça-se a carne mais envilecida
Diminuam os bens, cresçam os danos
Vença o ideal de andar caminhos planos
Melhor que levar tudo de vencida.
Queira-se antes ventura que aventura
À medida que a têmpora embranquece
E fica tenra a fibra que era dura.
E eu te direi: amiga minha, esquece...
Que grande é este amor meu de criatura
Que vê envelhecer e não envelhece.
Aniversário, Vinicius de Moraes (Rio, 1942)
Amadureçam as ilusões da vida
Prossiga ela sempre dividida
Entre compensações e desenganos.
Faça-se a carne mais envilecida
Diminuam os bens, cresçam os danos
Vença o ideal de andar caminhos planos
Melhor que levar tudo de vencida.
Queira-se antes ventura que aventura
À medida que a têmpora embranquece
E fica tenra a fibra que era dura.
E eu te direi: amiga minha, esquece...
Que grande é este amor meu de criatura
Que vê envelhecer e não envelhece.
Aniversário, Vinicius de Moraes (Rio, 1942)
quarta-feira, janeiro 04, 2006
O próprio coração
"Realizar é a raiz da grandeza do filme. A capacidade de uma imagem ser ao mesmo tempo aquilo que é objectivamente fotografado e aquilo que está na subjectividade do artista (...) o sedutor dualismo que é o próprio coração do cinema."
in: A Biografia do Filme, Mark Cousins
segunda-feira, janeiro 02, 2006
Começamos mal...
Orçamento do Estado para 2006:
1,1% taxa de crescimento do PIB
7,7% taxa de desemprego
68,1% do PIB: dimensão da dívida pública
2,3% taxa de inflação prevista
1,7% variação do nível de investimento
5,7% aumento das exportações
4,6% do PIB: nível do défice orçamental
in: Público
domingo, janeiro 01, 2006
Tic, tac...
Tic, tac... tic, tac... tic,tac...
Contam-se as horas, os minutos, os segundos, ao ritmo dos ponteiros do relógio.
Tic, tac... tic, tac... tic,tac...
Falta pouco para acabar, falta pouco para começar. E o ritmo que não pára, não abranda, não acelera.
Tic, tac... tic, tac... tic,tac...
Acaba-se a contagem decrescente, começa a contagem crescente.
Tic, tac... tic, tac... tic,tac...
Acaba-se um calendário, começa outro, cheio de dias para estrear. Um dia a mais que ontem, um dia a menos que amanhã.
Tic, tac... tic, tac... tic,tac...
Ufa! Já passou! O que é que mudou?
Contam-se as horas, os minutos, os segundos, ao ritmo dos ponteiros do relógio.
Tic, tac... tic, tac... tic,tac...
Falta pouco para acabar, falta pouco para começar. E o ritmo que não pára, não abranda, não acelera.
Tic, tac... tic, tac... tic,tac...
Acaba-se a contagem decrescente, começa a contagem crescente.
Tic, tac... tic, tac... tic,tac...
Acaba-se um calendário, começa outro, cheio de dias para estrear. Um dia a mais que ontem, um dia a menos que amanhã.
Tic, tac... tic, tac... tic,tac...
Ufa! Já passou! O que é que mudou?